O BART3853 foi formado em 1971 no GACA2, Torres Novas. Concluido o IAO no Campo Militar de Santa Margarida, segue-se o embarque a 28 de Agosto do mesmo ano no paquete Vera Cruz, com chegada a Luanda a 7 de Setembro. Passagem breve pelo Campo Militar do Grafanil e as companhias rumam ao seu destino final: CCS -> Luquembo; CART3401 -> Luando; CART3402 -> Sautar e CART 3403 -> Nova Gaia. Em Setembro de 1973 regresso a Luanda com embarque a 9 de Outubro num Boeing 707-300 dos TAM com destino a Lisboa.

A CART3401/BART3853, rendeu a CCAC202 e foi rendida pela CART3540/BART3881


CONVÍVIO 11-MAIO-2013

CONVÍVIO 11-MAIO-2013
CANTANHEDE - MarialvaParkHotel

25 ABRIL 1974


MOVIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS  -  ESCOLA PRATICA DE ARTILHARIA



Informação relativa aos:


- CORONEL DE ART. MÁRIO BELO DE CARVALHO


- TEN-CORONEL DE. ART. JOAO MANUEL GRAÇA PEREIRA DO NASCIMENTO


1. O primeiro oficial, que desempenhava as funções de Comandante desta Unidade, muito embora conhecedor da existência do Movimento, alheou-se sempre dele, mostrando-se incrédulo e disposto a fazer o que estivesse ao seu alcance para gorar os nossos intentos. Havia sido colocado aqui por ser amigo pessoal e elemento de confiança do ex-Secretário de Estado do Exército, coronel Viana de Lemos, pois que não era possuidor de quaisquer qualidades especiais que o creditassem como Comandante da maior e mais importante unidade de Artilharia do País. Tal facto está segundo Julgamos, na base da sua promoção a coronel, em que havia sido preterido em consequência de punição aplicada na Guiné pelo então Comandante-Chefe, General Spínola, quando ali comandou um BART situada em Catió. Em fins de Março promoveu a transferência para o RAL 4 do Capitão de Art. Luís Manuel Branco Domingues, oficial mais antigo desta E.P.A., membro do M.F.A., com o que julgava «sanear» a Unidade.

Na base desta atitude está o facto daquele oficial, em nome de todos os camaradas do O.P. da Arma, e numa reunião presidida pelo Comandante, ter manifestado solidariedade com os oficiais que não embarcaram para o CTI Açores. Durante esta tomada de, posição

foi-lhe pedido que de tal facto fosse dado conhecimento imediato à RME, o que. segundo oficiais colocados naquele O.P., não foi feito.

Mais tarde pretendeu ainda afastar o Tenente Sousa. por saber que constituía elemento de ligação. não havendo tomado, que se saiba. qualquer atitude contra outro elemento de ligação (Capitão Patrício) por este ter sido entretanto mobilizado para o CTI Guiné. Pelos factos apontados. não pôde deixar de ser detido, o que foi conseguido sem resistência. De resto. trata-se de uma personalidade fraca e um tanto abúlica. Pelo exposto, considera-se elemento que não interessa ao serviço activo do Exército.

2. O segundo oficial. 2.° Comandante, é o que se poderá chamar um «legalista». Rígido, desconfiado. teimoso. e cegamente determinado. era elemento considerado perigoso, tendo mesmo depois de detido. afirmado que,. se não tivesse sido colhido de surpresa, teria reagido violentamente, para o que se havia armado de pistola-metralhadora.

Tinha tomado disposições tendentes a fazer abortar o Movimento. Encontrava-se perfeitamente integrado nas ideias do Comandante. Elemento com espírito negativo. pensa-se que poderá eventualmente exercer represálias. Foi detido sem resistência. por não lhe ter sido dada oportunidade. Porque não exerceu qualquer acção relevante nesta Escola. não se lhe reconhecem qualidades especiais. e ainda pelos factos apontados, é nossa opinião não interessar ao serviço activo do Exército (1).

3. Julga-se ainda de interesse registar uma apreciação aos seguintes oficiais:

a. Coronel Art. José Luís de Azevedo Pereira Machado. Anterior Comandante desta Escola. revelou-se sempre elemento altamente negativo. Trata-se de um oficial extremamente ligado ao anterior regime. b. Ten-Coronel Art. José António Cardoso de Almeida. Anterior 2.° Comandante, é elemento fortemente. reaccionário. Sempre se mostrou contrário aos objectivos do Movimento das F.A. c. Major de Art. Comandos Júlio Faria Ribeiro de Oliveira. Antigo Comandante de Grupo. é elemento pró-General Kaúlza de Arriaga .. Revelou-se contrário ao Movimento, pelo qual manifestou no entanto certo Interesse em Dezembro último. por julgar ligado ao referido sr. General.

Ouartel em Vendas Novas, 3 de Maio de 1974.

a) Assinaturas REGIMENTO DE ARTILHARIA PESADA 3

 
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ANEXO AO RELATÓRIO

MOVIMENTO DAS FORÇAS ARMADAS - REGIAO MILITAR DE COIMBRA - REGIMENTO DE ARTILHARIA PESADA 3

RELATÓRIO

Encontrava-se esta unidade anteriormente a Março de 74 sem qualquer controlo por parte do M.F.A. conforme pude constatar nessa altura por ter para aqui sido transferido vindo do RAP 2. Embora nessa altura me encontrasse absolutamente identificado com o Movimento que se gerava entre alguns oficiais do Q.P. e do qual eu apenas tinha conhecimento através

"De reuniões, a que assistia em Luanda e de pequenos contactos com o Cap. Santos Almeida, não houve grande alteração na mudança de atitudes da Unidade já que ela era dominada pelo Comandante e por dois Majores. Encontrava-se nessa altura aqui em diligência o Cap. Rocha Santos de CICA que estava completamente fora do circuito e que só nessa .altura, com as demissões dos Gen. Costa Gomes e Spínola se mostrou Interessado em obter pormenores, tentando entrar dentro do assunto.

"No fim do mês de Março foi presente no RAP 3 o Cap. Diniz de Almeida que viria a ter grande influência no desenrolar das condições que tomaram possíveis as operações realizadas pelas Unidades constituintes do Agrupamento «NOVEMBER». Completamente Informado de todos os preparativos que se estavam a processar dia a dia em Lisboa, logo por ele Cap. Diniz de Almeida, foi posto ao corrente de todos os pormenores que me possibilitaram também a mim os contactos que achei necessários em Lisboa (Cap. Sousa e Castro (1) e Major Otelo). Ao mesmo tempo Iniciou também o Cap. Santos Almeida mentalização cuidada de oficiais e Sarg. Milic. das próprias praças. Tentámos abordar os Oficiais Superiores da Unidade com o máximo cuidado. Verificamos logo de seguida que tal não seria conveniente. Foi neste clima que se processaram os preparativos do RAP 3 para a manobra em que se Iria envolver na madrugada do dia 25 de Abril.

- Aos dois Cap. presentes na Unidade e aderentes ao MFA (Diniz de Almeida e Fausto Pereira) foram desde o início postas as maiores dificuldades em se ausentarem do quartel, em especial ao Cap. Diniz de Almeida, pois a mim isso só me afectava por tabela já que ninguém suspeitava das minhas actividades.

Assim, no dia 17 de Abril de 1974, dia que em Lisboa se efectuou a reunião da leitura da ordem de operações num apartamento situado na Rua Filipe da Mata, havia o Cap. Diniz de Almeida, que se encontrava de licença, sido mandado apresentar no quartel dando-lhe posteriormente a justificação de que durante aquele fim de semana ele andava a dizer mal dos seus superiores. A essa reunião tive eu que comparecer. Nela nada decidido sobre a actuação das forças do agrupamento NOVEMBER No RAP 3 apenas nós os dois não conseguiríamos tomar conta da Unidade e sair com uma força. No CICA 2 contava-se já nesta altura com a colaboração activa do Cap. Sousa Ferreira que tinha vindo transferido do CIOE de Lamego recentemente. Também ar o Cap. Rocha Santos mostrava estar Interessado em pôr-se em actividade. Para Isso pediu que lhe fosse mostrado o apoio dado ao Movimento pelo Cap. Ferreira, de Cavalaria, o que lhe foi concedido.

Trouxe como missão dessa reunião contactar em Coimbra (R.A.L. 2) com um Major que ali havia e que se sabia ter tentado falar anteriormente com o Major Otelo. Devia também, para ser possível tomar conta do R.A.P. 3, contactar com o Major Damasceno Borges, levando-o a Lisboa, assim como os do R.A.L 2, no fim-de-semana seguinte para nessa altura se definir concretamente a acção do agrupamento NOVEMBER. Foi portanto nesse reunião marcada uma outra a realizar pelas 17 horas do dia 21 tendo eu que confirmar pessoalmente ao Capitão Sousa e Castro, em 20, a presença dos oficiais que Iria tentar levar a esta reunião.

No final da reunião do dia 17 transportei o delegado do R.I. 14, Capitão Ramalho a Coimbra combinando que no dia 22 eu me deslocaria a Viseu transmitindo o que ficasse resolvido na reunião do dia 21. Ao regressar à Figueira da Foz (em 180400) pus ao corrente, do que se havia tratado na reunião, o Capitão Dinis de Almeida que alegremente me disse ter também notícias muito boas a dar-me. Havia-se deslocado a Aveiro nesse dia tendo entrado em contacto com o Capitão Pizarro do R.1. 10, recentemente para ali transferido do C.I.O.E., e com o Capitão Ferreira da Cal da E.C.S. (Águeda). Neste contacto, que posteriormente viria abrir completamente o optimismo na participação do R.A.P. 3, do C.I.C.A. 2 e portanto de todo o Agrupamento NOVEMBER no M.F.A., houve a promessa de que uma companhia do R.1. 10 comandada pelo Capitão Pizarro estava pronta a marchar para onde fosse necessário e que (o mais Importante) cerca de oito oficiais da E.C.S. estavam disponíveis e dispostos a juntar-se a qualquer força onde eles fossem necessários. Tornava-se assim dispensável a colaboração do Major Damasceno Borges caso ele não quisesse colaborar activamente.

- Na quinta-feira, dia 18, à tarde com o Capitão Dinis de Almeida dirigi-me a Coimbra, entrando em contacto com o Capitão Pereira da Costa (R.A.L. 2) que sabíamos de confiança. Pôs-nos a par da situação do R.A.L. 2 e das suas possibilidades, dando-nos a indicação de que poderíamos contactar sem problemas o Major. Figueira ou o Major Leste Henriques daquela Unidade. Dirigindo-nos ao R.A.L. 2 e através do oficial de dia conseguimos a morada do Major Figueira onde nos dirigimos e a quem expusemos a razão da nossa presença. Prometeu-nos ir a Lisboa na tarde do dia 21 (domingo) à reunião combinada. Regressámos à Figueira da Foz onde no dia seguinte (19, sexta-feira) contactei o Major Borges no C.I.CA. 2 para onde ele havia sido transferido. Mostrou-se colaborante chegando mesmo a dizer-me que Iria a Lisboa se conseguisse transporte no dia Indicado. Pedi-lhe para telefonar para o Major Figueira ver se ele o poderia levar passando por esta localidade. Assisti ao telefonema. O Major Figueira Iria de comboio e portanto essa hipótese não era possível. Disse-me entretanto que caso (seria o mais viável) não pudesse Ir eu poderia dizer ao Major Figueira que ele pusesse todas as dúvidas no seu lugar e que depois lhas transmitisse aqui na Figueira da Foz. Com todos estes dados eu e o Capitão Dinis de Almeida regressámos a Lisboa no fim-de-semana (dia 19 à tarde).

(1) O Cap. Sousa e Castro fez um excelente trabalho de ligação para o 25 de Abril.

As suas ligações para connosco efectuavam-se sob o pseudónimo de Engenheiro Silva e Costa.

- No dia 20 de manhã dirigi-me à residência do Capitão Sousa e Castro, na Amadora. a fim de lhe dizer o que se passava confirmando portanto a reunião do dia seguinte. O Capitão Sousa e Castro não se encontrava em casa tendo-me dito que havia ido meter gasolina. Dirigi-me à O.G.M.E. onde o encontrei e lhe transmiti o que havia conseguido. No dia seguinte, 21 de Abril de 74, encontrei-me, eram 17 horas, à porta do «Drugstore» Apollo Setenta com o Major Figueira que levei ao local anteriormente combinado (o apartamento já atrás referido). Chegados a esse local vários camaradas ar se encontravam lá. Entre eles o Capitão Dinis de Almeida e Sousa e Castro. Foi-nos então dito que devido a medida de decepção havia o local da reunião sido alterado realizando-se em determinado local da rua Luciano Cordeiro. Para lá nos dirigimos e aí finalmente se acertaram os pormenores.

Eu iria a Aveiro no dia seguinte (neste dia o Capitão Dinis de Almeida entrava de serviço ao. R.A.P. 3) já que, embora tivesse combinado ir a Viseu, esta unidade sairia mesmo desconhecendo os pormenores. Em Aveiro veria as possibilidades da sarda da companhia de que tinha notícias através de Dinis de Almeida. Contactaria também com os Oficiais de Águeda a fim de os mesmos se juntarem a Aveiro, ao C.I.C.A. 2 e ao R.A.P. 3 quando. necessário.

-Entretanto o Capitão Sousa Ferreira (C.I.C.A. 2), vindo de fim-de-semana de Lamego contactou com o R.I. 14 tendo ficado assente uma reunião com eles em Coimbra na noite do mesmo dia 22 de Abril de 1974. Ao ter conhecimento do facto pedi-lhe para lhes transmitir as informações que eu tinha e que se me fosse possível eu Iria também a Coimbra com os camaradas de Aveiro e Águeda a fim de efectuar uma reunião conjunta tendo combinado. o possível encontro no Café Internacional até às 23 horas. Caso eu não aparecesse até essa hora a reunião efectuar-se-ía sem a nossa presença. Chegados a Aveiro contactei em primeiro lugar com o Capitão Ferreira da Cal que vive nesta cidade. Expus-lhe ao que vinha. Tentámos encontrar o Capitão Pizarro não nos tendo sido possível esse encontro.

- Com o Capitão Ferreira da Cal dirigi-me a Águeda tentando entrar em contacto com outros Oficiais da E.C.S. Aqui foi-nos possível contactar o Capitão Góis Moço e o Capitão L. Coutinho os quais seguiram connosco para Coimbra tentando chegar a tempo à reunião combinada. Chegou-se a Coimbra eram 23 horas e 5 minutos e com grande alívio nosso ainda o R.I. 14 e o C.I.C.A. 2 aí se encontravam à nossa espera. Fez-se a reunião ao ar livre. Junto ao rio Mondego do lado do campo Universitário. Aí pus ao corrente dos objectivos que pretendiam e de mais pormenores que me pediram os vários camaradas menos Informados e de que eu tinha conhecimento. Entretanto pedi opinião acerca da possível saída da Companhia do R.I. 10 depois, digo pois dada a ausência do Capitão Plzarro não podia ultimar aquele pormenor. Houve uma reacção geral pessimista o que me preocupou mas dado que quer Aveiro saísse quer não em nada afectaria o andamento geral do Movimento o problema ficou resolvido. Pedi entretanto ao Capitão Ferreira da Cal que contactasse com o Capitão Pizarro em Aveiro para ele se deslocar à Figueira da Foz e me pôr ao corrente do que se passava. no dia seguinte. Combinou-se também nessa reunião as deslocações dos Oficiais de Águeda para as diferentes Unidades. Um ficaria com o Capitão Pizarro caso este saísse com a Companhia. Um viria para o C.I.C.A. 2 e três viriam para o R.A.P. 3. Sairiam de Águeda à hora E se ouvissem a sua confirmação. Dado que se deslocariam em viaturas civis chegariam multo antes da coluna militar caso ela viesse. A partir daquele momento todos entravam de prevenção à espera do possível contacto para a transmissão da hora E.

-Em 23 de Abril de 74 o Capitão Dinis de Almeida deslocou-se a Lisboa a fim de se aplresen1tar no tribunal onde fora chamado. À tarde chegou à Figueira da Foz o Capitão Pizarro que me expôs a sua situação. A Companhia com que contava encontrava-se em exercícios no campo não me podendo garantir a sua arrancada. Caso lhe fosse possível poderíamos contar com ele. Senão pudesse arrancar com a coluna viria só, juntar-se a nós. Ninguém até esta altura, dentro do Aquartelamento do R.A.P. 3, estava a par do que se planeava. O Capitão Dinis de Almeida havia Iniciado uma campanha de mentalização cuidada entre os seus recrutas. Recordo, por exemplo os versos de António Aleixo que em uníssono ele encorajava a cantar:

«Vós que lá do vosso Império
Prometeis um mundo novo,
Calai-vos, que pode o povo
Qu'rer• um mundo novo e sério»
«Que importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a Razão mesmo vencida,
não deixa de ser Razão?»

No dia 25 de Abril à hora prevista, é tomado o Regimento após terem sido avisados os camaradas da E.C.S. que lá fora aguardavam desesperados desde a 1 hora. Eram 3 horas e 40 minutos chega a altura de Aveiro. Chegava antes da hora prevista e Isso ía alterar os planos por nós traçados anteriormente. O movimento gerado la acordar o Cor. Aires de Figueiredo e o Major Malaquias que nesta altura ainda não sabíamos que não se encontravam a dormir no quartel. Imediatamente o Cap. Diniz de Almeida se dirigiu à messe de oficiais. Já o comandante se levantara e se dirigia para o quartel. Foi Intimado a render-se tendo então sido detido. Teve que se aguardar a saída dos presos da prisão do quartel e limpeza da mesma para nela se meter provisoriamente o Cor. Figueiredo. Logo que foi possível foi transferido para o seu quarto dando-lhe toda a liberdade que na altura era aconselhável. Quando deu entrada na prisão apresentou-me voluntariamente uma pistola que trazia no bolso.

- Todos os oficiais e sargentos milicianos bem como os praças presentes no quartel aderiram imediatamente e se colocaram inteiramente à nossa disposição. A coluna de Aveiro entrou para o quartel aguardando a preparação da coluna do R.A.P. 3 e a chegada da coluna do C.I.C.A 2 e do R.1. 14. Entretanto assumia o Comando do R.A.P. 3 o Capitão Ferreira da Cal, como oficial mais antigo, que juntamente com o Cap. Moço e Ten. Garcia haviam vindo de Águeda. A coluna foi formada rapidamente; a colaboração de todos foi admirável. Do R.A.P. 3 saíram 6 bocas de fogo 10,5 cerca de 300 homens transportados em 40 viaturas. A coluna do C.I.C.A. 2 entrou no R.A.P. 3 pelas 6 horas. Esperava-se pela do R.1. 14 que não chegara ainda. Pelas 7 horas saiu a coluna em direcção a Leiria e um quarto de hora depois aparecia do R.1. 14 que se lhe foi juntar no percurso. Constituiu-se assim o -Agrupamento NOVEMBER- com cerca de 60 viaturas e mais de 500 homens.

- A partir desta altura a vida da unidade decorreu normalmente sem os oficiais superiores que entretanto ficaram em casa bem como a grande maioria dos restantes oficiais e sargentos do O.P. A porta de armas manteve-se fechada. O pessoal que seguiu na coluna com os objectivos de Peniche e Lisboa permaneceu na capital sendo substituído em 27/4 por uma outra bateria que continuou sob o comando do Cap. Dínlz de Almeida.

- Destacava-se além da grande actividade desenvolvida pelo Cap. Diniz de Almeida que deverá ser analisada a nível superior, a dedicação que o aspirante Mil. Matos pôs nas tarefas que lhe confiei sendo de uma voluntariedade admissível e digna de ser realçada sua actividade teve grande Influência para o excelente desencadeamento da manobre que se Iniciou na Figueira da Foz. Poderei ainda mencionar o Asp. Mil. Borges pela excelente colaboração que me prestou. O 1º cabo Mil. Vitorino foi também muito Influente na boa concretização dos pormenores prontificando-se a dormir sempre no quartel desde que eu lho ordenei embora tivesse quarto fora. Poderia mencionar ainda o nome de todos os militares que comigo colaboraram nos preparativos da coluna e ainda os que abnegadamente fizeram alguns serviços seguidos sem nunca por Isso terem manifestado o mais leve desagrado.

Figueira da Foz, 1 de Maio de 1974.

FAUSTO ALMEIDA PEREIRA,
Cap. de Artilharia

ATENÇÃO - FACEBOOK

Caros BITAKAYAS
Em 11 de Janeiro/2014 foi criada uma página (secreta) no Facebook para todos os elementos da CART3401 e seus familiares. O objectivo é como o Umbelino (ex.Alf.Mil.) escreveu na Página
"Publicar perguntas e fotos. Relatar/recordar episódios de interesse para o Grupo. Dar sugestões e opiniões. Sugerir familiares, com perfil no FB, para membros do Grupo. Criar eventos para os Bitakaias"
Participem e divulguem. Um abraço do F. Costa.


Luando - Bié

Luando - Bié
Aquartelamento

Vista aérea do Luando

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Foto p/ ex Alf.Mil. Umbelino